Beware of the night, child of light.
Child of Light é um jogo que deixa saudades.
Lançado em 2014 pela Ubisoft e desenvolvido pela Ubisoft Montreal, trata-se de um belíssimo jogo de plataforma. A trilha sonora é um ápice por si e faz jus à arte do jogo, que nos causa vontade de passear pelos cenários sem compromisso com avançar na trama. Ou ainda, de voltar ao jogo mesmo após tê-lo terminado.
Descrito como um “poema jogável” (playable poem), todas as falas são rimadas e o enredo se desenvolve como um legítimo conto de fadas. Aurora é a personagem principal, uma criança graciosa e boa, e sua missão é reaver o sol, a lua e as estrelas para que assim possa voltar para casa e, finalmente, para seu pai.
Como não poderia deixar de ser, Aurora é encantadora. Com esvoaçantes cabelos ruivos e pés descalços, a menina de vestido amarelo percorre os cenários com impressionante fluidez de movimentos. Acompanhada do fiel Igniculus, uma bolinha de luz que repetidas vezes salva o dia, avançamos nos passos da luta contra a rainha má Umbria, a fim de terminar a noite que se abateu sobre Lemuria.
A história se passa entre esse mundo mágico, Lemuria, e a Áustria de 1895, e conta com vários personagens que nos são apresentados conforme avançamos na trama. Promessas não cumpridas, traição e desafetos entre os personagens dão corpo ao enredo, nos levando realmente de volta ao universo dos Grimm.
Para além de um poema, o jogo é também um épico. Inúmeras batalhas são travadas contra diversos inimigos, nos moldes clássicos dos turnos de RPG. Com as lutas, os personagens avançam rapidamente nas árvores de habilidades – mas confesso que, pessoalmente, preferia que houvesse menos embates físicos.
O jogo está disponível em praticamente todas as plataformas e é garantia de boas horas de diversão e maravilhamento : )